História do Santuário Original
No dia 18 de Outubro de 1914, o Padre José Kentenich, num ato de fé na providência, propôs a um grupo de jovens consagrarem-se a Maria, selando com Ela uma aliança. Pediram-lhe que se estabelecesse numa pequena capela abandonada, transformando-a num lugar de graças e de peregrinações. Eles comprometiam-se a oferecer a Maria os méritos conquistados por uma intensa vida de oração e pelo esforço por viver a santidade na vida diária. Dessa aliança de amor mútuo surgiu o lema: "Nada sem ti, nada sem nós".
Foi a luz da fé na Divina Providência que guiou aquele passo arriscado - uma resposta de fé aos desafios da I Guerra Mundial que começava. Naquele tempo, e ainda hoje, a vida em abundância que surge a partir do Santuário confirma a presença ativa de Maria e a irrupção da graça de Deus.
No espírito dessa primeira aliança, renovada e atualizada, existem atualmente mais de 200 Santuários espalhados em todos os continentes. Em Portugal existem quatro.
O Santuário é um lugar de encontro com Deus onde, como no Monte Tabor, podemos dizer: "É bom estarmos aqui" (Mc. 9,5). É uma fonte intensa de graças, aí Nossa Senhora concede-nos, sobretudo, três graças próprias, no sentido da conversão interior: acolhimento espiritual, transformação interior e envio apostólica.
O centro do carisma de Schoenstatt é a Aliança de Amor com Maria, origem de uma espiritualidade e de uma pedagogia, cuja finalidade é a formação do Homem Novo na Nova Comunidade que, segundo o exemplo de Maria, seja instrumento na renovação do tempo atual.
Em todo o mundo, esta aliança tornou-se um caminho de santidade para muitas pessoas e continua a inspirar o compromisso de Schoenstatt com a Nova Evangelização: projetos missionários e sociais, projetos educativos e iniciativas em várias áreas da sociedade.
A missão de Schoenstatt é a missão de Maria, que abre caminhos na atualidade, para que Cristo possa nascer e, na força do Espírito Santo, conduzir a humanidade ao Pai.
A imagem do Santuário (de Crósio) era já conhecida na Igreja sob o título - Refúgio dos Pecadores - mas quando foi oferecida ao Santuário recebeu um novo nome e significado. O título - MTA, Mater Ter Admirabilis, Mãe Três Vezes Admirável - inspirado na ladainha a Nossa Senhora, tem a sua origem na Congregação Mariana de Ingolstadt (1604), cuja missão e vitalidade orientou também os primeiros congregados de Schoenstatt. Como expressão dessa ligação, foi então assumida a mesma invocação mariana.
Em sinal de gratidão pela ação de Maria na difícil história de Schoenstatt, posteriormente, foram agregados ainda os títulos de Rainha e Vencedora.
À volta da imagem no Santuário está a inscrição latina - Servus Mariae nunquam peribit - Um servo de Maria nunca perecerá. (S. Bernardo).